UE mostra algum crescimento, Ásia se recupera
A inflação nos EUA atingiu 3%, superando as previsões e aumentando as preocupações com as taxas do Fed. As ações caíram, os rendimentos dos títulos subiram e os preços do petróleo recuaram.
Estados Unidos: Inflação, taxas de juros e mercados
A inflação ao consumidor nos EUA subiu 3% em janeiro em relação ao ano anterior, superando a previsão de 2,9%. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, aumentou 3,1%, gerando preocupações de que o Federal Reserve possa adiar cortes nas taxas de juros. Os mercados reagiram fortemente: o S&P 500 caiu 0,9%, o Dow Jones perdeu 415 pontos (-0,9%) e o Nasdaq recuou 0,8%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dispararam, com o rendimento a 10 anos subindo para 4,65% (de 4,54%) e o rendimento a 2 anos aumentando para 4,36%. Agora, os investidores atribuem uma probabilidade de 27% de que o Fed não reduzirá as taxas em 2025, contra menos de 20% no dia anterior.
Os lucros corporativos continuam sólidos, com o S&P 500 registrando um crescimento anual de aproximadamente 15%. No entanto, as ações sofreram perdas, com 85% das empresas do S&P 500 em queda. A Lyft caiu 12% após reportar reservas abaixo do esperado, enquanto a CVS subiu 14,8% após divulgar resultados robustos.
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Europa: Preocupações com a inflação e crescimento do mercado
Os mercados de ações europeus mostraram resiliência apesar das preocupações com a inflação. O índice DAX da Alemanha atingiu novas máximas, impulsionado por um aumento de 12% nas ações da Heineken, após a empresa relatar fortes ganhos e anunciar um programa de recompra de ações. O Stoxx Europe 600 caiu ligeiramente 0,1%, enquanto o rendimento do título alemão a 10 anos subiu para 2,47%.
As vendas de dívida governamental no Reino Unido e na Itália tiveram uma demanda superior a dez vezes a oferta, sinalizando forte confiança dos investidores. O rendimento do título britânico a 10 anos aumentou para 4,57%. Enquanto isso, o Banco Central Europeu continua monitorando as tendências inflacionárias, com dados iminentes sobre a produção industrial e o PIB que podem fornecer mais insights.
Ásia: Recuperação do mercado e preocupações comerciais
O iene japonês se desvalorizou 1,1%, chegando a 154,18 por dólar, em meio a preocupações com as tarifas dos EUA sobre aço e automóveis. O Japão solicitou uma isenção dessas tarifas, temendo repercussões econômicas negativas. O Banco do Japão manteve sua posição sobre a inflação, alertando que o aumento dos preços dos alimentos pode influenciar as expectativas inflacionárias de longo prazo.
O índice CSI 300 da China se recuperou após uma queda anterior, impulsionado pelo entusiasmo em torno dos avanços em inteligência artificial da DeepSeek. No entanto, preocupações mais amplas persistem sobre a recuperação econômica da China, especialmente em relação a restrições comerciais e interrupções na cadeia de suprimentos.
Mercados globais de energia: Petróleo e commodities
Os preços do petróleo caíram, com o West Texas Intermediate (WTI) recuando 1,7%, para $72,07 por barril. A Administração de Informação de Energia aumentou as estimativas de produção de petróleo nos EUA, mas manteve inalteradas as previsões de demanda. Em comparação ao ano anterior, os preços do petróleo bruto nos EUA caíram 5%, refletindo o aumento da oferta e as incertezas do mercado.
O preço do ouro caiu ligeiramente 0,1%, para $2.894,83 por onça. As criptomoedas também registraram quedas, com o Bitcoin recuando 1,8%, para $94.606,07, e o Ether caindo 2,4%, para $2.560,58.
Mercados de câmbio: Estabilidade em meio à incerteza comercial
O índice do dólar dos EUA subiu 0,3%, enquanto o euro caiu 0,1%, para $1,0346. A libra esterlina recuou 0,4%, para $1,2401. As tensões comerciais entre os EUA e seus principais parceiros, incluindo México e Canadá, ainda não impactaram significativamente os movimentos das moedas, pois os mercados permanecem cautelosos sobre os efeitos totais das tarifas e eventuais retaliações.
Principais eventos econômicos e inflação
Os próximos dados econômicos incluem os números do PIB da Zona do Euro, as vendas no varejo nos EUA e os índices de produção industrial. Autoridades do Fed continuarão fazendo declarações ao longo da semana, fornecendo mais insights sobre as expectativas de política monetária. Os investidores permanecem em “modo de espera”, analisando as tendências inflacionárias e as respostas dos bancos centrais.
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