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A inflação está em alta com disparada dos títulos e do petróleo

Dívida cresce rapidamente com aumento dos rendimentos e taxas

A inflação global dispara, os rendimentos dos títulos sobem, o petróleo valoriza e crescem os temores sobre a dívida dos EUA em meio a estresse fiscal e resultados corporativos mistos

Estados Unidos: Déficit preocupa e inflação persiste

A economia dos EUA voltou a ser alvo de atenção nesta semana, com os mercados reagindo à inflação persistente e à incerteza fiscal. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiu para 4,52%, ante 4,01% no mês anterior, enquanto os rendimentos de 30 anos ultrapassaram os 5% — os maiores níveis desde 2023. Um leilão de US$ 16 bilhões em títulos de 20 anos coincidiu com preocupações sobre o enfraquecimento da posição fiscal dos EUA. A recente redução da nota de crédito dos EUA pela Moody’s retirou a última classificação AAA, citando uma dívida de US$ 36,2 trilhões e falta de controle orçamentário institucional.

A proposta do ex-presidente Donald Trump de estender os cortes de impostos de 2017 enfrenta resistência dentro do próprio Partido Republicano e, segundo estimativas independentes, pode adicionar mais US$ 3 a 5 trilhões à dívida nacional. Essas preocupações abalaram os mercados de ações: o S&P 500 caiu 0,5%, o Dow Jones recuou 0,8% e o Nasdaq 100 caiu 0,2%. A Target Corp. despencou 5,8% após cortar sua projeção de lucros anuais, enquanto a Carter’s perdeu 12,3% com cortes de dividendos e preocupações com tarifas. Enquanto isso, a pressão inflacionária continua, e autoridades do Fed alertaram que os amortecedores anteriores de preços podem ter se esgotado, elevando o risco de aumento nos preços ao consumidor.

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Europa: Surpresa inflação e movimentos nas moedas

A economia do Reino Unido registrou um aumento de inflação maior que o esperado em abril, reacendendo dúvidas sobre o ritmo de cortes nas taxas de juros. O rendimento dos títulos de 10 anos subiu para 4,75%, e a libra alcançou US$ 1,3439, seu nível mais alto desde fevereiro de 2022. O FTSE 100 permaneceu estável diante dos dados de inflação.

Na zona do euro, o rendimento do bund alemão de 10 anos subiu para 2,64%. O euro se valorizou 0,6%, alcançando US$ 1,1349. Participantes do mercado acompanham atentamente o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, e o economista-chefe Philip Lane, já que a política de juros permanece incerta diante da inflação persistente no bloco.

Ásia: Exportações fracas e tensão nos mercados de títulos

As exportações do Japão cresceram 2% em abril na comparação anual, mas os embarques para os EUA caíram 1,8%, refletindo o impacto das tensões comerciais. Os mercados de títulos japoneses enfrentaram turbulência, com os rendimentos de papéis ultralongos disparando após um leilão fraco. O índice Nikkei 225 caiu 0,6%. Aumentam as preocupações com o papel do Japão como um dos maiores detentores estrangeiros de dívida dos EUA, o que pode afetar a demanda futura por Treasuries.

Na Coreia do Sul, o won atingiu o maior valor em seis meses após relatos de que a política cambial foi tema nas negociações comerciais com os EUA. Enquanto isso, a chinesa Baidu surpreendeu o mercado ao apresentar aumento de receita, mostrando resiliência diante da concorrência em IA e desafios econômicos.

Petróleo e Commodities: Pressõ inflação

O petróleo subiu devido a tensões geopolíticas. O barril do West Texas Intermediate ganhou 0,4%, chegando a US$ 62,28 após relatos de que Israel pode estar preparando ataques a instalações nucleares do Irã. Esse foi o maior valor do petróleo em mais de um mês e intensificou preocupações com a inflação mundial.

O ouro subiu 0,2%, para US$ 3.297,45 por onça, com investidores buscando ativos de proteção. A alta reflete maior atividade de hedge em meio à volatilidade nos rendimentos e preocupações fiscais, especialmente nos EUA.

Mercados globais: Solar supera nuclear e ações seguem mistas

A energia solar deve superar a energia nuclear na geração global de eletricidade pela primeira vez neste verão, sinalizando uma mudança importante no setor energético. O índice MSCI World caiu 0,2%, enquanto o Bloomberg Dollar Spot Index recuou 0,4%. Apesar disso, o índice das “Magníficas 7” subiu 0,2%, mostrando certa resiliência.

O desempenho das bolsas foi misto globalmente. O Stoxx 600 da Europa ficou estável, enquanto os índices norte-americanos apresentaram quedas mais amplas. O Russell 2000, que representa empresas menores dos EUA, caiu 1%, indicando pressão sobre companhias menos diversificadas diante das taxas elevadas e da incerteza política.

Criptomoedas e destaques corporativos

O Bitcoin subiu 0,4%, para US$ 107.361, e o Ether valorizou 1,3%, para US$ 2.546,05, com ganhos moderados à medida que ativos digitais atraem investidores com maior tolerância ao risco. Entre as notícias corporativas, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, criticou as restrições dos EUA aos chips de IA, e a VF Corp. alertou sobre possíveis aumentos de custos devido às tarifas. Os acionistas da Phillips 66 aprovaram dois indicados do fundo Elliott Management para o conselho, marcando uma vitória para o ativismo empresarial.

A Moderna retirou sua solicitação regulatória para uma vacina combinada contra COVID e gripe, enquanto a Medtronic anunciou a cisão de sua unidade de diabetes para focar em operações mais lucrativas, em meio a tensões comerciais.

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